O antimônio é um semi-metal encontrado na natureza em numerosos minerais, apesar de ser um elemento pouco abundante. Embora seja possível encontrá-lo livre, normalmente está na forma de sulfetos. O principal minério de antimônio é a antimonita (também chamada de estibina).
História
O nome antimônio provem do nome árabe para a substância, athmoud. Já o símbolo deste semi-metal foi escolhido pelo químico sueco Jöns Jacob Berzelius, que usou em seus escritos o nome dado pelos egípcios ao elemento, stibium, e assim se converteu no símbolo Sb.
O sulfeto de antimônio foi empregado como cosmético e com fins medicinais pelos egípcios por volta de 3100 a.C. O antimônio também era conhecido pelos chineses e babilônios desde 3000 a.C.
A primeira descrição de um procedimento para isolar antimônio foi escrita pelo metalúrgico italiano Vannoccio Biringuccio em 1540. A primeira ocorrência natural de puro antimônio na crosta da Terra foi descrita pelo cientista e engenheiro sueco Anton von Swab em 1783.
Características
O antimônio é um semi-metal que, na sua forma elementar, é encontrado como um sólido cristalino, fundível, quebradiço, branco prateado que apresenta uma condutividade elétrica e térmica baixa, e evapora em baixas temperaturas. Pode ser atacado por ácidos oxidantes e halogênios.
As estimativas sobre a abundância de antimônio na crosta terrestre vão desde 0,2 a 0,5 ppm (partes por milhão). O antimônio ocorre com o enxofre e outros metais como chumbo, cobre e prata.
O antimônio e muitos de seus compostos são tóxicos. O manuseamento do antimônio e dos seus compostos deve ser feito em ambientes devidamente ventilados para evitar a contaminação atmosférica. Caso contrário existe o perigo de formação de dermatites (inflamação da pele).
Aplicações
O antimônio tem uma crescente importância na indústria de semicondutores para a construção de diodos, detectores infravermelhos e dispositivos de efeito Hall. Usado como liga, este semi-metal incrementa muito a dureza e a força mecânica do chumbo. Também é empregado em diferentes ligas.
Está presente em baterias e acumuladores, em alguns tipos de imprensa, em revestimentos de cabos e em almofadas e rolamentos.
Compostos de antimônio são empregados na fabricação de materiais resistentes ao fogo, esmaltes, vidros, pinturas e cerâmicas. O trióxido de antimônio é o mais importante e é usado principalmente como retardante de chama (antifogo). Estas aplicações como retardantes de chama compreendem a produção de diversos produtos como roupas, brinquedos, cobertas de assentos etc.
Produção
De acordo com estatísticas do Serviço Geológico dos Estados Unidos (US Geological Survey – USGS), as reservas globais atuais de antimônio serão esgotadas em 13 anos. No entanto, o USGS acredita que novas reservas possam ser descobertas.
Em 2010, o USGS estimou em 1.831.000 toneladas a reserva mundial. Mais da metade encontrava-se na China (51,88% das reservas mundiais). Outras em destaque eram as reservas da Rússia (19,12%), Bolívia (16,93%), Tadjiquistão (2,73%) e África do Sul (8,19%).
Ainda segundo o USGS, a China foi responsável por quase 90% de toda produção de antimônio em 2010. De acordo com um relatório da empresa de consultorias Roskill a produção de antimônio na China tem caído nos últimos anos e é improvável que aumente nos próximos anos. Nenhum depósito de antimônio significativas na China têm sido desenvolvidos por cerca de dez anos, e os restantes reservas econômicas estão se esgotando rapidamente.
Confira abaixo a lista dos produtores de antimônio em 2010 segunda o USGS: